terça-feira, 21 de agosto de 2007

Só quero ficar com o que é bom

O homem é um eterno insatisfeito. Não são poucas as vezes que nos percebemos reclamando sempre de algo. Há sempre em nossas bocas uma palavra que revela o nosso negativismo em relação à nossa situação atual de vida, é algo tão atrelado a nós mesmos, que não são raros os dias em que insistimos lamentar com todos sobre nossos problemas.

Ter, ser e querer. Não sei se você já percebeu isso, mas estes são os verbos que mais usamos no dia-a-dia. Freqüentemente nos flagramos passando horas concentrando nossos pensamentos em sonhos de realizações pessoais e materiais: “Eu queria aquilo...”, “Teria isso se não fosse...”, “Serei feliz quando...”. De fato, o homem não pode deixar de sonhar, os sonhos movem as ações humanas, sem eles não teríamos as novas descobertas da ciência, novas conquistas e novas metas a cumprir, mas os sonhos deixam de impulsionar ao bem quando nossas vontades viram murmúrios de quem quer aprender a andar sem o infortúnio das quedas.

Já dizia Mário Quintana: “Sonhar é acordar-se para dentro”. Será que realmente já despertamos em nós a verdadeira essência de nossos sonhos? Estamos dispostos a pagar o preço pelo êxito? Ou somos meros espectadores da sorte? Querer, ter ou ser algo só é válido na perspectiva divina quando o homem passa a entender que tudo é possível ao que trabalha com afinco e confia nos desígnios de Deus.

Em meio a tantas vontades deixamos de viver a riqueza do nosso tempo presente. Há uma infinidade de possibilidades que não são experimentadas em sua profundidade porque insistimos em ver o lado negativo das coisas. Jesus foi o maior dos sonhadores, sabia que não precisava de quase nada para viver e que sua missão era muito mais forte que distâncias, fome, sede e rejeições. Em tudo extraia coisas boas e sabia como ninguém ver o bem em tudo, até mesmo nos mais pecadores. Conquistou a muitos, podia ter tido o que quisesse, mas preferiu ser injustamente condenado à morte, por amor.

Assim como Jesus, é preciso que só fiquemos com o que é bom em todas as situações que passamos. As dificuldades são alicerces de nossas construções e é nesse tempo onde os milagres mais acontecem. Acordar para dentro de nós é o melhor sonho que podemos sonhar, pois lá encontramos nosso coração, que jamais será escasso de cuidados do Pai.

“Depois de tudo explorado e conquistado
Restam outros sistemas fora do solar a colonizar.
Ao acabarem todos só resta ao homem (estará equipado?)
A difícil dangerosíssima viagem de si a si mesmo:
Pôr o pé no chão do seu coração
Experimentar, colonizar, civilizar, humanizar o homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria de conviver”
( Texto “O Homem, as viagens” de Carlos Drummond de Andrade, modificado)

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Não sou metade, nem laranja

Há algum tempo atrás eu pensava que precisava de muitas coisas para viver. Para mim era essencial ter um carro do ano, uma deslumbrante casa e uma televisão maior que eu mesmo.
Parecia que todos os meus esforços se concentravam neste propósito consumista inesgotável que só o dinheiro oferece. Esta lapeja exagerada por posses, certamente acabaria culminando em anos de buscas por consumos que não me preencheriam e por fim acabariam consumindo a mim mesmo. Hoje, ainda em luta, e mais desprendido do materialismo, continuo a evitar que tais enganos sobressaiam ao que é realmente essencial em minha vida.
Estou relatando um pouco de minha história para mostrar que dificilmente conseguimos a todo tempo colocar Deus à frente de nossas vidas. Sem mesmo que percebamos, os altares trocam de lugar em nosso ser, acabamos substituindo o lugar de Deus por coisas materiais ou, outras tantas vezes O substituímos por pessoas que julgamos ser essenciais para nós.Nos relacionamentos parece que as coisas andam ainda mais confusas.
Tenho percebido ultimamente em muitos jovens cristãos o anseio incessante por encontrar alguém que os “completem”, relatam que são infelizes e se sentem cada vez mais vazias por estarem “sozinhas”. Percebe-se claramente que essa dependência inadiável em se encontrar alguém atropela princípios básicos, como o sentimento puro e verdadeiro. Tais tentativas mal-sucedidas têm quase sempre como resultado uma sensação de quem, por muito tempo, usou e foi usado, deixam cicatrizes que perduram e acabam fazendo desacreditar no amor real.Já durante os namoros, a troca de altares se concretiza de fato. Frases como “você é minha vida”, “eu não sou nada sem você”, “ele/ela é minha razão de viver”, me perdoem, mas ultrapassam os limites das juras de amor.
É preciso tomarmos consciência de que nosso centro é Cristo, Ele é nossa razão de viver e nada nem ninguém pode tomar o Seu lugar. Quando isso acontece não nos damos conta que tais sentimentos resultam em nosso afastamento das coisas de Deus, e por isso, muitos se sentem incompletos, achando que precisam encontrar no outro a sua cara-metade. “Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito (Dt 6,5)”. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18)” (Mt 22, 36-39).O amor é essencial, isso é indiscutível.
Casais bem-sucedidos mantêm uniões recheadas de muito amor, e a medida certa deste sentimento está na equação do amar na mesma proporção do nosso amor próprio. Os bons relacionamentos mantêm as rédeas do equilíbrio, geralmente, faltas ou excessos resultam num desequilíbrio mútuo e suas conseqüências se refletem no estado de vida do casal, onde sempre alguém dá mais do que recebe e a infelicidade aí começa a germinar.Deus nos fez completos, inteiros e não “metades” esperando outras “metades” na busca do encaixe perfeito. Fomos feitos à Sua imagem e semelhança e por isso plenos em Sua graça, e nem por isso o casamento perde o brilho que Deus deu. “O Senhor Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada... Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais um, senão uma só carne”” (Gen 2, 18-24). É no ser amado que devemos ver o reflexo de Cristo, alguém que Deus escolheu para caminharmos juntos, levantando nas quedas e aprendendo nas imperfeições, uma só carne, mas almas distintas que almejam o céu.
Com a licença dos poetas, mas existe certo equívoco em muitas poesias e letras de canções. Se pensarmos bem, por mais que sejam belíssimas canções, chega a soar engraçado certas colocações como músicas românticas que dizem: “É o amor... que faz eu pensar em você e esquecer de mim... a paz que eu preciso pra sobreviver”. Certamente que os casais devem fazer suas juras de amor e isso é algo abençoado por Deus, mas buscar a paz em pessoas e dizer que somos “...alma gêmea, bate coração, as metades da laranja” aí já é demais. Se Ele tivesse me feito apenas “A metade da laranja” e não uma laranja inteira, então eu seria eternamente uma insatisfeita laranja incompleta, procurando a outra banda que sabe-se lá onde se perdeu.
Matheus Jardelino Dias

O direito de errar




Essa semana alguém me perguntou: “E agora, qual o próximo passo?”. A resposta me veio à boca, mas não a proferi, percebi naquele vago momento que quase sempre me sinto obrigado a responder tudo, a saber de tudo, quando na verdade muitas vezes faço pela oculta obrigação de ser sempre acertar.

Crescemos nessa sociedade que exige demais de nós, talvez seja por isso que às vezes nos sentimos tão esgotados. Nesse mundo que não há espaço para o defeituoso, para o pobre, para o feio e para o inculto, percebemos que a competição mundana deixa em nós a ilusão da falsa plenitude. Nesse momento não percebemos que sentir-se e fazer-se completo vai muito além do conceito que nos ensinam.

Se nos perguntassem: “Quais são os mais difíceis de evangelizar?” Certamente que em sua mente viria a lembrança de uma porção de pessoas que são bem sucedidas em algum aspecto de suas vidas, em sua maioria, os que possuem conhecimentos, posses e poder. Enfim, essas pessoas, por aparentemente terem alcançado êxito na vida, acabam criando em si mesmas um mecanismo de defesa contra falhas, a auto-suficiência. Esse sentimento que nos visita o coração com freqüência, gera a incapacidade de nos reconhecermos falíveis, não deixa-nos entender que a incompletude faz parte da natureza humana e é a partir de nossas imperfeições que Deus nos reconhece como verdadeiros filhos amados, dependentes do Pai.

O direito de errar parece ter sido substituído pelo direito de justificar-se. Ao errarmos, freqüentemente colocamos a culpa em algo, em outras pessoas ou na própria situação, dificilmente aceitamos a pior realidade, a de que somos limitados. Deus sabe de nossa condição humana, nos acolhe e inumerosas vezes perdoa. "Ninguém te condenou? Nem mesmo eu te condeno. Vai e não tornes a pecar" (Jo 8, 11).Seria muito confortável se pensássemos que o direito de errar abstém de nós as responsabilidades. Todo ato gera conseqüências, agir sabiamente é acreditar que mesmos sujeitos ao fracasso a vitória nos espera, “No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo” (Jo, 16, 33). Precisamos reconhecer que mesmo com todas as nossas limitações Ele nos ama, nos fez fortes e quer que nosso próximo passo seja o de nos levantarmos para a próxima queda que já nos espera.

Matheus Jardelino

Anseios de uma terra



Outro dia notei que os olhos de alguém suplicavam ajuda. Chegando mais perto, olhei-a, precisava dizer alguma coisa, sem muito esperar falei de Deus. Pensando em ter cumprido a minha missão, voltei novamente aos seus olhos e vi que lacunas continuavam. Percebi que ela entendera o sentido da palavra, mas a frase não obteve efeito, a mensagem não ancorou, não enraizou, não desarrumou as malas no destino da alma.

Terra. Simplesmente um amontoado de grãos acumulados, misturados a pedregulhos e alguns restos de outras vidas. Depois do ocorrido me veio o quanto o coração humano é semelhante a ela, me percebi da nossa falta de cuidado com o terreno, do nosso anseio pelos frutos antes das flores que os antecedem.

A tentativa foi a de plantar uma palavra em terra de ninguém. A terra rejeitou ser semeada. Comecei a me lembrar que naquele olhar havia um desejo difícil de se decifrar. Há diferentes anseios em cada terra, há quem queria ouvir, há quem queira chorar, há quem queira sentir-se especial e há também quem se contente com um minuto de atenção. Bobagem é pensar que o problema está na semente, na verdade esquecemos na maioria das vezes de preparar a terra, não a olhamos no particular de cada grão que a compõe, e insistimos em impor algo que deveria ser sugestivo.

Jesus nunca quis impor nada a ninguém. Ele trouxe a nova proposta de tratar a vida como uma experiência sem precedentes. Sabia que era preciso divulgar a verdade, sabia também que suas palavras contradiziam tudo o que até o momento se tinha como lógico, como inquestionável, nunca em toda a história houve alguém que propusesse amar os inimigos, acolher pecadores, ser pequeno para ser o maior de todos. A contradição, ao olhar divino, mostra-nos a real possibilidade que há no ser desacreditado, convence-nos que da terra seca podem surgir os mais belos frutos.

Jesus rabisca a terra. O filho de Deus cala-se por alguns instantes. No momento em que há vagas para palavras é onde o silêncio torna-se cúmplice da sabedoria. Ele entende que a terra clama por atenção, precisa ser ouvida, quer ser compreendida antes da lição, necessita contar das dores ao médico antes de saber da cura. É a história de uma vida que quase ninguém tomou conta, são faltas e sobras que precisam ser compartilhadas e divididas, é a terra tomando ar, sendo arada, é no ouvir que se inicia o conforto de saber quem somos e de que precisamos. Deus é o único que sabe ouvir sem precisarmos vocalizar.

Já que precisamos de vozes, aprendamos então a ouvir mesmo sem entender, a ver a culpa sem condenar. “Ninguém te condenou, nem Eu, vai e não peques mais” (Jo 8, 10). É depois de acolher que se exorta, depois da terra arada que removemos os pedregulhos e restos que há nos corações. E quando a terapia termina, a terra grita silenciosamente pela palavra divina a ser semeada, palavra regada, e por fim colhida.

Destilando o nosso Veneno


Inquestionavelmente, a língua falada é o tipo de comunicação mais utilizado pela humanidade. A usamos para transmitir as mais simples mensagens do dia-a-dia, para expressar desejos, alertar perigo, pedir, reclamar, questionar... Boa parte de nossas atividades necessita da expressão de nossos pensamentos e sentimentos, e é por meio da verbalização que encontramos um modo simples e ágil de nos comunicarmos.

Na história, foram palavras que dividiram povos, influenciaram governantes e motivaram pensadores. Talvez seja a mais notória característica que nos diferencia dos animais, a capacidade de transmitir idéias pensadas, de expor o raciocínio lógico individual ou coletivo. Complementando a famosa frase de Descartes poderíamos acrescentar: “Penso e me comunico, logo existo”, de fato a comunicação é essencial, mas verdadeiramente conhecemos o poder que uma palavra tem na vida das pessoas?

E assim começou: “A serpente disse para Eva: É verdade que Deus disse que vocês não devem comer de nenhuma árvore do jardim?” (Gn 3,1). O mal se revelou a primeira vez à humanidade instigando a dúvida através da mentira verbalizada. Historicamente, a serpente era para povo hebreu a representação do mal por ostentar sua língua constantemente ao se sentir ameaçada, eles acreditavam que o veneno estava na língua e dali advinha a o mal e a morte. Em dias atuais, sem muito esforço vemos o quanto continuamos usando deste mesmo artifício para obtermos benefícios próprios ou para causar discórdia a quem nos ameaça. A língua continua a ser usada por muitos como forte arma de retaliação, o princípio dos conflitos familiares, a causadora dos traumas afetivos, das intrigas entre amigos, das divisões na Igreja e nos grupos de evangelização.

A psicologia explica que nossa mente tem a tendência natural de transpor nos outros as nossas próprias deficiências. Sabendo disso, Jesus, o maior dos psicólogos, questionou: “Por que você fica olhando o cisco no olho do teu irmão, e não presta atenção à lasca que há em teu olho?” (Mt 7,3). É justamente no prazer de promover o fracasso do outro, que pensamos suprir o nosso próprio insucesso. Como se não bastasse pensar assim, ainda fazemos questão em compartilhar essas nossas tristes opiniões com alguém disposto a ouvir, e assim se dissemina a calúnia que tudo destrói. Deus nos fez bem diferentes da outras criaturas, nos deu a capacidade de pensar o que vamos dizer, e de saber acolher na íntegra ou parcialmente o que o outro diz. A partir do momento que abrimos a boca para fazermos comentários de outro irmão, temos a grande responsabilidade de plantarmos na comunidade a união ou a discórdia, por isso é preciso de nós cautela o suficiente para saber previr os bons ou maus frutos dessas palavras semeadas.

“Por isso abandonem a mentira: cada um diga a verdade a seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Vocês estão com raiva? Não pequem, que nenhuma palavra má saia da boca de vocês, mas só a que possa fazer crescer o seu irmão” (Ef 4, 25-26). Quando palavras impensadas proferem de nossos lábios, não há significância cristã, palavras cristãs resultam de cabeça e coração agindo conjuntamente, quem age subordinado a um desses somente, tende ao exagero. As palavras desses momentos inoportunos têm o poder de destruir as muralhas dos mais resistentes corações, são reações naturais de nossa inclinação humana pecadora, mas estes geram sentimentos que crescem como um tumor tomando conta de nós, carregamos esta carga emocional negativa por um longo tempo, até que haja o reconhecimento de nosso erro seguido de reconciliação. “Re-conhecer”, é conhecer de novo e de um novo jeito, é enxergar sobre a óptica de quem sofre, de quem é tão frágil quanto você mesmo, é a humildade de ser o primeiro a admitir sua parcela de erro ir ao encontro do próximo. E é no encontro que se dá o confronto, fonte de todo o aperfeiçoamento e superação de limites, o limite de amar sem que o outro mereça, o limite do perdão. “Vocês ouviram ao que foi dito: Amarás o teu próximo e poderás odiar teu inimigo. Eu porém vos digo: amem seus inimigos, façam o bem aos que vos odeiam, rezem pelos que maltratam e perseguem vocês... Se amarem somente os que lhes amam que recompensa terão vocês? Assim também não fazem os que praticam a maldade?”(Mt 5,43-46).
Nossos limites podem ser superados, porque Deus nos fortalece em todas as situações, Ele nos encoraja a pedir o perdão mesmo na possibilidade de não recebermos, de perdoarmos mesmo seja de grande sacrifício em o conceber. “Que a caridade entre vocês não seja fingida, sejam carinhosos uns com os outros” (Rom 12, 9-10).

Muitas traduções bíblicas fazem sinonímia entre as palavras “Amor” e “Caridade” (do latim, Caritas), que significa “preço alto do amor”. Este alto preço só nós mesmo podemos pagar, é a nossa contribuição para que aprendamos a nos amar mutuamente. “A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor... Tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (Cor 13, 1-7).

O segredo de saber perdoar é ter o coração como o de uma criança. “Deixai vir a mim as criancinhas porque o Reino dos Céus é para aqueles que se parece com elas” (Mt, 19,14). Se fossemos como as crianças, não teríamos tanta dificuldade em perdoar, para elas não há tempo, só existe o agora, nelas compreendemos a forma de amor que Deus quer para nós, o amor natural, sem esforço, sem interesses, o amor que por hoje basta. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança, amável, e sem rancor... hoje vejo-me em um espelho e me confundo, deixei as coisas de criança, imperfeito me tornei.” (Cor 13, 11-12).

A reconciliação nunca é tarde demais para quem quer perdoar e ser perdoado. Quando acontece o coração descansa, porque dele já não precisa mais sair palavras, nesse momento a pessoa só se sente verdadeiramente amada por ter sido conhecida e acolhida, a partir daquilo que tem de melhor e também daquilo que tem de pior, é o encontro não só do pecador e do pecado, mas também da criatura com a paz de Deus. O perdão é única forma de destilar o veneno que há em nós, e assim reconciliados, que vigiemos nossas línguas para que delas só saiam palavras que venham de Cristo, o verbo que verdadeiramente se fez carne e habitou entre nós.

“Ponde Senhor uma guarda em minha boca,
uma sentinela à porta de meus lábios,
Não deixeis o meu coração inclinar-se para o mal” (Sal 140, 3-4).
(Sal 140, 3-4).
Matheus Jardelino